28.7.11

nÔmadEs imaGEns

Sabe-se.
É um olho.
Talvez impaciente.
Ele pisca delirante
quando se posiciona
exultante, ao máximo,
sobre o filtro do visor.
Na pele da lâmina
Se instauram mutáveis
Instantes de luz, de trevas,
de mistérios e verdades
das sutilezas cotidianas.
Agora,
as imagens expostas
volta e meia
se acocoram
nas entranhas
da câmera fotográfica.
Vê-se. O filme.
Exatamente trêmulo.
Não está intacto.
No espaço do seu tempo,
A cidade escorrega
para o mar revolto.
Aliás, saltam dos olhos
Plenas cambalhotas
das crianças mambembes
esbaldando-se nuas
no desassossego
das grandes ondas/rotas.
Às vezes, salpicadas
De estilhaços brancos.
Assim,
pela travessia do zoom
navega e transmigra
a memória visionária
da CONFRARIA LAMBE-LAMBE.
POLÍBIO ALVES

Nenhum comentário: