25.5.12

a VELHA bomba d´ÁGUA

O viajante já se sentia sem forças depois de tanto tempo no deserto, sem sombra ou água. Aquela cabana mais parecia uma miragem.

Com esforço chegou à porta (ou ao que sobrara dela) e entrou, sem acreditar no que via. Um pouco de sombra para descansar antes de continuar a caminhada. Seus olhos percorreram o interior da cabana e ele avistou uma velha bomba d´água. Estava totalmente enferrujada, mas sua sede era muito grande e ele resolveu tentar faze-la funcionar. Tentou girar a manivela com toda sua força, mas as condições precárias do equipamento emperrado não traziam sequer uma gota do precioso líquido.

Foi quando seus olhos observaram uma garrafa cheia de água, tampada e com uma mensagem:

"Para que a bomba funcione você primeiro precisa prepará-la, derramando sobre a manivela toda a água desta garrafa. Depois de saciar sua sede, deixe uma garrafa de água com esta mensagem para o próximo que passar por aqui".


Um dilema pairava sobre o viajante: ele deveria confiar no bilhete e jogar toda a água na manivela? Ou seria mais prudente garantir aquela água que já estava à sua disposição? E se ele jogasse a água na manivela e a bomba não funcionasse?

Com relutância, foi despejando vagarosamente a água sobre manivela, e quando toda a garrafa já estava vazia, começou a testar a bomba. Um chiado enorme, um contínuo rangido e então um pequeno fio de água começou a surgir... Depois um fluxo constante e em pouco tempo água cristalina jorrava da bomba.

O viajante saciou sua sede e encheu a garrafa novamente e a tampou. Então, acrescentou uma frase ao final do bilhete:

"Acredite! Enquanto você não correr certos riscos, terá sempre o 'pouco' reservado àqueles que não tiveram coragem suficiente para ousar".

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